Notícia Público (2 Julho 2008)
"Cinco alunos da Escola Secundária Filipa de Vilhena (equipa Bombarte) discutem com o arquitecto Filipe Oliveira Dias projectos para quarteirão das artes
A Pingue-pongue. Ninguém deixa cair a bola e, por vezes, os estudantes nem esperam que o arquitecto Filipe Oliveira Dias dê uma resposta: esclarecem-se uns aos outros. Um grupo de alunos do 12.º J da Escola Secundária Filipa de Vilhena, no Porto, andou todo o ano lectivo a analisar a zona da Rua de Miguel Bombarda, avançando com propostas para o espaço. O projecto ganhou um 1.º prémio na iniciativa nacional Cidades Criativas, destinado, precisamente, a incentivar as escolas a envolver-se com as cidades onde estão inseridas, no âmbito da Área de Projecto. Cinco alunos, do grupo de 16 que integrou o projecto Bombarte, aceitaram trocar umas ideias com o arquitecto que tem, precisamente, um projecto para a requalificação da Miguel Bombarda. Afinal, ele até foi aluno na mesma escola".
Artigo de opinião de Eduardo Jorge Madureira Lopes [osdiasdasemana@gmail.com]
(publicado no blogue Terrear do Dr. José Matias Alves)
"É uma boa ideia. Simples e estimulante. Consiste em pedir aos alunos finalistas do ensino secundário para desenvolverem projectos para melhorar as suas aldeias, vilas ou cidades. O convite foi formulado pela Universidade de Aveiro e pela Associação Portuguesa de Planeadores do Território, que, com o apoio do Ministério da Educação, decidiram organizar o Concurso Nacional de Ideias “Cidades Criativas”. Na semana que finda, na Expocultura – AlCultur 2008, em Guimarães, os promotores da iniciativa recomendaram o envolvimento dos agentes locais da cultura, da área social ou da economia na procura destas boas práticas e na discussão das ideias apresentadas pelas escolas participantes. Olhar a cidade, reflectir sobre o que ela foi, o que é e o que poderia ser, enunciando sugestões sobre o que a poderia melhorar nos mais diversos domínios – na educação, na cultura, na integração social, na regeneração urbana, nos espaços verdes ou na mobilidade, por exemplo – é o que se pretende que os mais novos façam. Louvável propósito, portanto. Louvável e mobilizador, como o demonstram os, pelo menos, dois mil alunos do 12.º ano e 275 professores que têm estado activamente envolvidos a imaginar o futuro das suas localidades. O trabalho deve ficar concluído em Junho. Nessa ocasião, cada uma das quase cinco centenas de equipas, provenientes de estabelecimentos de ensino de 130 municípios, deverá ter escrito um relatório e produzido um poster apresentando as principais etapas e conclusões do estudo. Depois, durante os meses de Verão, a exposição itinerante “Cidades Criativas 2008” percorrerá o país. Neste momento, há um blogue (http://cidadescriativas.blogs.sapo.pt/) que dá boa conta do que se está a fazer nos domínios, por exemplo, da intervenção urbana, da gestão das cidades, da requalificação de frente ribeirinha ou marítima, do comércio e urbanismo comercial, do turismo, dos desportos em meio rural, do património, da energia, do ambiente, ou da protecção dos animais. Cada uma das equipas participantes tem o seu próprio blogue. Alguns testemunham muito esforço
e bons resultados. Há, de facto, projectos de muita qualidade. As equipas da cidade de Braga, cerca de uma dezena, decidiram reparar sobretudo em áreas como, por exemplo, os espaços verdes urbanos a integração social e a arqueologia industrial. Uma outra, das imediações, de Ruílhe, quer mostrar a toda a gente que também se podem fazer projectos inovadores em aldeias e vilas. O Pedro Lopes, o Tiago Silva, o Hugo Sousa, o Rui Oliveira e a Raquel Pinto, do Externato Infante D. Henrique, propõem-se sensibilizar a comunidade para a necessidade de preservar o património cultural e incentivar um maior interesse pelas novas tecnologias (a actividade pode ser acompanhada em http://alfacreative.blogs.sapo.pt/ ). O André Gomes, o Artur Jorge, o João Barros, o Luís Francisco e o Pedro Pacheco, da Escola Secundária Alberto Sampaio, estão envolvidos num projecto de remodelação do Parque de S. João da Ponte. O grupo fez já umas quantas coisas: fotografou o local (as imagens estão em http://esas12-a.blogs.sapo.pt/ ) e foi à Câmara Municipal apresentar e discutir propostas sobre, designadamente, zonas para desporto, limpeza e manutenção, iluminação, vigilância, criação de um palco para concertos e teatro, construção de um bar e áreas de lazer. Os concorrentes da Escola Secundária Carlos Amarante têm distintas pretensões. O Filipe, a Clara, a Cláudia, a Marta e a Mélanie anunciaram na quinta-feira que decidiram promover uma Bienal de Arte Jovem (http://de_olhos_postos_em_braga.blogs.sapo.pt/ ). O Hugo Mendes, o Luís Costa, o Paulo Pimenta e o Rui Braga, por seu turno, querem responder à questão: “Que deveria mudar para melhorar a economia da cidade?” (http://braganova.blogs.sapo.pt ). “O nosso objectivo é o de conseguir transformar a nossa cidade num sítio em que seja bom viver”, afirmam o Henrique, o Paulo, o André, o Ricardo e o Julien (http://12lesca.blogs.sapo.pt ). Os blogues dos alunos bracarenses dão conta, como, de resto, se compreenderá, de cautelas distintas (num ou noutro caso, é importante uma maior atenção ao uso correcto da língua portuguesa) e de dedicações desiguais. O mais recente post de um blogue assaz promissor (http://homeless_braga.blogs.sapo.pt ) é de 5 de Novembro passado. Um maior empenho é o da Alexandra Pinheiro, do João Pinheiro, do Joaquim Mendes, da Luísa Nascimento e da Maria Manuel Ribeiro. Estes alunos da Escola Secundária D. Maria II gostariam de ver um centro cultural no local onde funcionou a fábrica Pachancho. No seu blogue (http://bracaraamanha.blogs.sapo.pt/ ) dizem que a infra-estrutura poderia funcionar como uma espécie de “caça-talentos”. Braga, dizem eles, dispõe de um elevado número de pessoas com grandes qualidades artísticas, que, por viverem longe da capital, não têm oportunidade de afirmar o seu valor. O projecto final incluirá uma maqueta do centro cultural e um documentário que retratará o passado, o presente e o futuro de Braga.As aldeias, as vilas, as cidades e o país só têm a ganhar se dinamizarem e aproveitarem a criatividade dos mais novos e se os ajudarem também a compreender o que importa ter em conta para que um projecto possa ser exequível".
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